segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Aleitamento Materno - Parte X

Cosméticos na Amamentação:

- Escovas progressivas: permitidas somente se não possuírem formol;
- Tinturas: não pode conter chumbo na sua composição. Atualmente, são raras as tinturas que contêm esse metal pesado;
- Toxina botulínica (Botox): seu uso é considerado moderadamente seguro;
- Implantes mamários de silicone: compatível com a amamentação;
- Piercings e tatuagens nas mamas ou mamilos: podem levar a perfuração dos ductos mamários, com posterior fibrose e obstrução ductal. Evitar, inclusive, tatuagens com henna.

Plantas Medicinais na Amamentação:

          De forma geral, evitar o uso de chás com ervas medicinais devido a falta de estudos sobre a segurança durante a amamentação.

          Potencialmente Perigosas:
- Cohosh preto (Cimicifuga racemosa);
- Funcho (Foeniculum officinale);
- Sálvia (Salvia officinalis).

          Contra-indicadas:
- Borage (Officinalis borage);
- Kombucha (Kombucha gyokuroen);
- Cohosh azul (Caulophyllum thalictroides);
- Confrei (Symphytum officinale);
- Kava-kava (Piper methysticum).

Aleitamento Materno - Parte IX

Ordenha e Coleta de Leite Materno:

- Realizar após seu bebê sentir-se saciado, ou quando suas mamas estiverem cheias ou a cada 3 horas quando seu filho (a) estiver internado.
- Colocar o leite em frascos apropriados (de vidro e com tampa de plástico, estéril do próprio banco de leite) ou retire o papel da parte interna da tampa, lave o frasco e a tampa com água e sabão, e ferva por 15 minutos, deixe escorrer em pano limpo até secar. Feche o frasco sem tocar na parte interna da tampa e do frasco.
- Colocar gorro ou toca de banho nos cabelos e máscaras de pano na boca (evite falar neste momento).
- Lave bem as mãos e braços, esfregando-os até o cotovelo. Mantenha as unhas curtas e limpas, sem acessórios.
- Retire o leite em local limpo, arejado, longe de banheiro, lixo, esgoto e animais.
- Higienize a aréola e o mamilo com próprio leite.
- Massageie toda aréola (usando a mão contrária à mama) iniciando logo acima do mamilo em movimentos circulares no sentido horário até a base da mama. Colocar o polegar acima da linha onde acaba a parte escura da mama (aréola) e o dedo indicador abaixo. Firmar os dedos e empurrar para trás em direção ao corpo. Tentar aproximar a ponta do polegar do outro dedo até sair o leite.
- Despreze sempre os primeiros jatos de leite.
- No momento da coleta evite que o leite entre em contato com as mãos e não deixe que ultrapasse de 20 minutos em temperatura ambiente. Leve-o imediatamente ao congelador.
- Identifique o frasco com o nome da doadora, data do início da coleta, data de nascimento e com quantas semanas de gestação nasceu (ex. 38, 39 semanas).
- Na próxima coleta o leite deverá ser ordenhado em outro frasco ou copo esterilizado e colocado sobre o leite já congelado.
- Retire o frasco com leite congelado só no momento de colocar o leite recém-coletado. Encher até 3 dedos abaixo da boca do frasco.
- Armazenar o frasco de leite coletado em freezer ou congelado por 10 dias. Evitar colocar outros alimentos próximos ao frasco.
- O leite pode ser armazenado em geladeira (2 a 6ºC), por 12 horas; em freezer (- 20ºC) por até 10 dias.
- O reaquecimento deve ser feito em banho-maria.
- O leite deve ser oferecido ao bebê em copinho ou colher. Não usar mamadeiras.


Fonte: Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (http://www.evangelico.org.br/)
"Um bebê normal pode perder até 10% de seu peso de nascimento na primeira semana de vida".

Aleitamento Materno - Parte VIII

          Sinais de “pega” adequada:
- Mãe confortável e relaxada;
- Bebê olhando de frente para a mama (não pode estar com a cabeça virada);
- Nádegas do bebê apoiadas;
- Queixo do bebê tocando a mama;
- Barriga do bebê encostada na barriga da mãe;
- O bebê deve abocanhar não só o mamilo, mas a maior parte da aréola;
- O bebê deve estar com a boca bem aberta e o lábio inferior deve estar virado para fora (parecendo um peixinho).
- Evitar acariciar a cabeça do bebê durante a mamada, pois desencadeia um reflexo que faz com que solte a mama.

Posição tradicional:

Posição da "bola de futebol americano":

Posição de cavaleiro:

Gêmeos:

"O aumento da ingestão de leite de vaca pela mãe pode provocar alergia no recém-nascido, mesmo em bebês amamentados exclusivamente ao seio. As alergias podem manifestar-se como vermelhidão e placas na pele, diarréia ou constipação intestinal ou ainda alterações respiratórias".

Aleitamento Materno - Parte VII

Mitos:

“Leite fraco”: leite fraco não existe. O aspecto translúcido do leite no início da mamada é interpretado pelas mães como ausência de substâncias nutritivas. Essa percepção parece também estar associada ao choro frequente, que pode ser causado por desconforto, angústia de separação, cólicas, fralda suja ou molhada, dentre outras. Além disso, o bebê amamentado tem esvaziamento gástrico mais rápido do que o que toma fórmula infantil, o que ocasiona mamadas mais frequentes.

“Pouco leite”: na maioria das vezes a pouca produção de leite é causada por erro na técnica de amamentação e ou pela baixa frequência de sucção das mamas.

“Não tenho leite”: o volume e o fluxo de leite aumentam até o 15º dia pós-parto e geralmente atingem seus níveis máximos até a sexta semana.

“O peito cai”: o comprometimento estético das mamas parece decorrer de alterações próprias de gestação e de fatores genéticos. Como prevenção deve-se usar constantemente sutiã de alças largas, para uma boa sustentação dos seios.

“Cerveja preta aumenta a produção de leite”: não há evidências que alimentos específicos aumentem a produção de leite. A nutriz tem necessidade de maior reposição hídrica. A cerveja preta é uma bebida alcoólica, devendo ser evitada.
"A maioria das mulheres pode produzir leite suficiente para amamentar dois, e até mesmo três bebês".

Aleitamento Materno - Parte VI

Contra-indicações ao Aleitamento Materno:

          Relacionadas à mãe:
- Mães portadoras de HIV, HTLV-1 e HTLV-2;
- Mães em uso de drogas (vide post anterior);
- Mães com graves casos de psicose puerperal, eclâmpsia ou choque;
- Lesões ativas na mama ou mamilo provocadas por herpes.

          Relacionadas à criança:
- Galactosemia;
- Fenilcetonúria: a amamentação é permitida sob rígido controle clínico e laboratorial.

Aleitamento Materno - Parte V

Uso de Medicações e Amamentação:

          Embora a maioria dos medicamentos possa ser usada com vigilância dos possíveis efeitos nos bebês, é sempre recomendável consultar fontes de informação atualizadas para verificar a segurança no seu uso.

          Fármacos contra-indicados:
- Amiodarona: pode causar hipotireoidismo;
- Antineoplásicos e imunossupressores: suprime a medula óssea;
- Bromocriptina: suprime a lactação;
- Drogas de abuso (maconha, cocaína, heroína, LSD, fenciclidina, anfetaminas): dependência;
- Isotretinoína: alteração da função do fígado, falta de apetite, náuseas, vômitos, fadiga e dor de cabeça;
- Sais de ouro: rash e reações de hipersensibilidade;
- Fenindiona;
- Ciclosporina;
- Androgênios;
- Derivados do ergot, em doses habituais para enxaqueca;
- Uso de substâncias radioativas (em exames): requer suspensão temporária da amamentação, com ordenha e descarte do leite produzido no período.

          Substâncias cuja ingestão deve ser desestimulada:
- Cafeína: irritabilidade e insônia;
- Nicotina: diminui a produção de leite, provoca vômitos, irritabilidade e insônia. Entretando, o uso de gomas de mascar e adesivos contendo nicotina é seguro;
- Álcool.

Aleitamento Materno - Parte IV

          A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef) enfatizam que a forma mais segura, eficaz e completa de se alcançar o crescimento e desenvolvimento adequados de uma criança até o 6º mês de vida é garantindo-lhe o aleitamento materno exclusivo desde a primeira hora de nascido.
          O leite materno é recomendado de forma exclusiva até o 6º mês de vida e complementado até os 2 anos de idade.

          Vantagens para os bebês:
- O leite materno é um alimento completo pois atende as necessidades nos primeiros 6 meses de vida e é ideal para o sistema digestório e renal em amadurecimento;
- Menor incidência ou gravidade de várias doenças: diarréias, bacteriemia, meningite bacteriana, infecções respiratórias, otite média, botulismo, infecção urinária e enterocolite necrotizante;
- Apresenta possíveis efeitos protetores contra síndrome de morte súbita, diabete-melito insulino dependente, doença de Crohn, linfoma, retocolite ulcerativa, doenças alérgicas e outras doenças digestivas crônicas;
- Promove a maturação do sistema imune;
- Favorece o desenvolvimento do aparelho sensoriomotor oral (dentes, respiração e músculos faciais). O uso de chupetas e mamadeiras eleva o palato (céu da boca) e, com isso, a cavidade nasal fica menor.

          Vantagens para as mães:
- Realização pessoal;
- Menor perda de sangue no pós-parto, com redução da ocorrência de anemia materna;
- Retorno mais fácil ao peso pré-gestacional;
- Efeito anticoncepcional. Porém, somente é alcançado para mães até 6 meses após o parto, que estejam em aleitamento materno EXCLUSIVO (inclusive à noite) e que não estejam menstruando;
- Custo zero;
- Maior tempo disponível para atenção ao bebê;
- Vínculo afetivo mãe-filho mais estreito;
- Redução do risco de câncer de mama, ovário e endométrio;
- Proteção contra o diabete-melito tipo 2.

Aleitamento Materno - Parte III

          O leite materno não é uniforme em sua composição. Fatores como a época da gestação, horário do dia e início ou fim da mamada modificam os componentes do leite. Por exemplo, o conteúdo de gordura é maior no final da mamada e no leite que é produzido à noite. Por isso, diz-se que cada mãe produz um leite especialmente feito para o seu filho.
          A produção de leite materno é maior pela manhã, sendo estimulada pela sucção do bebê. A saída do leite da mama é estimulada por manifestações emocionais favoráveis ou estímulos sensoriais relacionados ao bebê (prazer) e inibida por situações de estresse materno (dor).
          A inibição ou a suspensão das mamadas, pode levar ao ingurgitamento mamário, facilitando a ocorrência de infecções (mastite) e reduzindo a produção de leite. Portanto, para que a mama possa manter a sua produção, deve ser esvaziada com frequência.
          Além disso, a alimentação da mãe deve ser adequada, sendo recomendada uma boa hidratação para manter o volume de leite.

Aleitamento Materno - Parte II

          Cuidados com as Mamas:

- Não usar sabonetes nos mamilos;
- Os mamilos planos ou invertidos podem se beneficiar do uso de “conchas para preparação do mamilo” no último trimestre de gestação. Na maioria dos casos, o mamilo é evertido pela sucção da criança, desde que haja uma pega correta;


- Expor os mamilos à luz solar antes das 10h ou após as 16h durante a gravidez;
- Aplicar o próprio leite materno nas aréolas após as mamadas ajuda na prevenção de fissuras.

Aleitamento Materno - Parte I

          Nas décadas de 50 e 70, houve um declínio na prática do aleitamento materno, devido a fatores sociais, econômicos e culturais. O leite materno foi substituído pelo leite da vaca, geralmente diluído e inadequado ou por fórmulas infantis.
          A partir da década de 80, vem-se buscando a retomada da amamentação, pois vários estudos demonstraram e confirmaram que é uma das medidas de maior impacto e menor custo na diminuição da mortalidade infantil.
          O incentivo, a defesa e o suporte ao aleitamento materno devem iniciar no pré-natal, com orientações às gestantes. É importante lembrar que a amamentação não é instintiva no ser humano – tem que ser aprendida. É comum a presença de dificuldades, por isso, as mães que aleitam precisam de reforço e apoio constantes.
          Entretanto, é necessário lembrar que a decisão final sobre a amamentação cabe à mãe, e o papel do médico é orientá-la e apoiá-la a fim de que tome a melhor decisão possível para si e para seu filho.


domingo, 29 de novembro de 2009

Orientações Para Crianças Alérgicas

- Dar banho rápido com água morna, com temperatura abaixo de 35ºC;
- Usar sabonete neutro, aplicado com as mãos (não usar buchas). Adicionalmente, evitar o seu uso em todos os banhos. Enxaguar cuidadosamente a pele para eliminar todos os vestígios do produto;
- Secar delicadamente a pele, com pequenos toques, sem esfregar;
- Hidratar a pele no mínimo duas vezes ao dia, com produtos específicos para peles secas e com tendência à irritações, no máximo em 3 minutos após o banho;
- Manter curtas as unhas das crianças;
- Evitar roupas de lã e tecidos sintéticos;
- Não usar roupas novas sem lavagem prévia;
- Usar sabão de côco (preferencialmente líquido) na lavagem das roupas e realizar dois enxágues. Não usar amaciantes de nenhum tipo!;
- Lavar as roupas de cama e edredons uma vez na semana com detergente líquido e água quente;
- Evitar contato com detergentes e produtos de limpeza em geral;
- Evitar expor a criança a temperaturas muito altas ou muito baixas;
- Evitar a transpiração excessiva;
- Preferencialmente manter a temperatura do quarto menor que 19ºC;
- Encapar colchões com capa impermeável (ex.: courvin do avesso ou napa);
- Usar travesseiros de viscoelástico;
- Imediatamente após sair da piscina, enxaguar a criança na ducha morna (menor que 35ºC), aplicar protetor solar e creme hidratante;
- Manter camas e berços afastados das paredes;
- Limpar a casa com pano úmido (não usar aspirador de pó), manter os cômodos arejados e permitir a entrada de sol;
- Não usar umidificador de ambientes;
- Retirar do ambiente: tapetes, cortinas pesadas, pelúcias, papéis e livros;
- Evitar o contato com poeira, bolores, mofos, fumaça de cigarro, animais de pêlo ou pena, ácaros e pólen de flores;
- Combater a presença de baratas;
- Evitar infecções e estresse emocional;
- Alguns alimentos podem causar intolerâncias ou alergias: ovos, leite de vaca, leite de cabra, leite de soja, peixes, crustáceos, milho, amendoim, tomates crus, frutas cítricas, corantes, conservantes.

Maiores Informações:
Associação de Apoio à Dermatite Atópica (www.aada.org.br);
Associação Brasileira de Asmáticos (www.asmaticos.org.br);

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sobre a Febre (Meu Ponto de Vista)

          A febre é uma forma do organismo se defender de microorganismos invasores e deve ser vista como algo positivo, pois é um sinal de que o corpo está lutando. É o motivo número um que leva as crianças aos pronto-socorros. Sabemos a ansiedade que gera nos pais. Porém, somente a sua presença, sem outros sinais ou sintomas, dificulta muitíssimo o diagnóstico. Sobretudo se a febre iniciou recentemente. Vejo muitos pacientes cuja febre iniciou há poucas horas e os pais encontram-se desesperados em busca de sua causa. Nesses casos, realizamos todo o exame físico e... não encontramos nada! Daí, acabamos sendo muito invasivos, à medida que solicitamos exames de sangue, urina e muitas vezes radiografias, que talvez não seriam necessários se reavaliássemos a criança dentro de 24 horas, por exemplo. Especialmente nas crianças maiores, que já sabem localizar outros sintomas, o mais sensato seria aguardar um pouquinho, controlando a febre com antitérmicos. Crianças menores, considero que devem ser examinadas mais rapidamente, uma vez que não sabem relatar ou localizar outros sintomas. A verdade é que, muitas vezes, as crianças têm febre, nós as reviramos de ponta-cabeça, solicitamos todos os tipos de exames, e NADA de achar a causa da danada. Criança é assim: sempre pregando peças na gente. Não será a primeira nem a última vez. Então, nós, pais, às vezes temos de controlar nossa ansiedade e aguardar um pouquinho. Especialmente se a criança apresenta SOMENTE a febre. A conversa muda se elas possuem quaisquer outros sintomas. Aí, tem de levar ao PS logo. Ah, mais uma coisa: SEMPRE medicar a criança com febre. Ouço muito dos pais: "não dei o remédio para febre porque eu já ia trazê-la à médica". Isso não se deve fazer, primeiro porque algumas crianças predispostas podem ter convulsão febril; segundo porque nenhum médico gosta de examinar a criança no momento da febre. Isso altera completamente o exame físico: o coração bate mais rápido, a criança respira mais rápido, fica "descaída" etc. Na verdade, o ideal é que a mamãe tenha sempre algum antitérmico dentro da bolsa. SEMPRE.  

PS: A seção "Meu Ponto de Vista" é baseada na minha experiência pessoal, e não necessariamente possui embasamento puramente científico.

Post revisado em 21/12/2011.

Sinais de Alerta em Crianças

- Febre;
- Dor de cabeça muito intensa ou de início súbito;
- Convulsões;
- Diarréia e vômitos, especialmente se acompanhados de febre e dor de cabeça;
- Falta de ar ou respiração acelerada;
- Dor abdominal intensa ou repetitiva, especialmente se acompanhada de febre e vômitos;
- Estado geral descaído, com falta de apetite ou sonolência excessiva;
- Em recém-nascidos, umbigo com vermelhidão, secreção com pus ou mau cheiro;
- Em recém-nascidos, febre, ou recusa em mamar, ou ausência de urina ou sono excessivo;
- Queimaduras com formação de bolhas ou queimaduras mais profundas;
- Sangramentos no nariz ou gengivas;
- Possibilidade de intoxicação por venenos ou medicamentos: sonolência excessiva, dificuldade de andar ou falar, dor abdominal, vômitos, dor de cabeça, convulsões, dificuldade para respirar e outros sinais estranhos;
- Possibilidade de mordedura de animais ou picada de insetos: lesão na pele de aparecimento súbito, com dor ou inchaço local, podendo ou não estar avermelhada ou arroxeada, com ou sem ferimento;
- Queda com pancada muito violenta, ou quando surgem vômitos, alteração ou perda da consciência e sangramentos pelo ouvido e nariz.

          Muitos desses sintomas podem ocorrer durante a vida da criança sem que representem maior gravidade. Porém, todos eles precisam ser cuidadosamente observados pois também podem indicar um quadro mais complexo.

Fonte: http://www.hospitalmemorial.com.br

Post revisado e atualizado em 21/12/2011.

Quando Deve Ser Realizado o Primeiro Exame Oftalmológico?

          A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica recomenda que o primeiro exame oftalmológico deve ser realizado ao nascer, através do "Teste do Reflexo Vermelho" (vide posts anteriores). Posteriormente:
- 0 a 2 anos: a cada 6 meses;
- 2 a 9 anos: anualmente.

Post revisado em 21/12/2011.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Teste do Pezinho

          Exame laboratorial simples que detecta um grande número de doenças congênitas, relacionadas a distúrbios do metabolismo e infecções. A maioria das doenças pesquisadas pode ser tratada desde que diagnosticadas precocemente, antes mesmo de manifestar claramente seus sintomas.
          Recomendado para TODOS os bebês, entre 2 e 30 dias de vida, preferencialmente entre 3 e 7 dias de vida.
          Algumas gotas de sangue são colhidas no calcanhar do recém-nascido e armazenadas em papel filtro.
          Desde abril de 2011, o Teste do Pezinho gratuito oferecido pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal foi ampliado, contabilizando agora um total de 10 procedimentos, capaz de identificar 21 doenças. A coleta é feita na própria maternidade. O resultado sai em 3 a 5 dias e, caso sejam detectados problemas, uma assistente social procura a mãe para encaminhar o bebê ao tratamento adequado.
          Já o Teste do Pezinho gratuito oferecido pela Secretaria de Saúde de Goiás, rastreia quatro doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias e hiperplasia adrenal congênita.
          A rede laboratorial privada oferece rastreios adicionais (que podem chegar a cerca de 46 doenças). Uma dificuldade encontrada ao se solicitarem tais exames é que não existe uma padronização nas nomenclaturas dos exames entre os laboratórios, assim, um exame chamado “plus” em um laboratório pode não pesquisar as mesmas doenças que outro chamado da mesma forma em outro laboratório.
          Vou exemplificar usando a nomenclatura utilizada no Laboratório Sabin (www.sabinonline.com.br):
- Básico: fenilcetonúria e outras aminoacidopatias, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias;
- Ampliado: fenilcetonúria e outras aminoacidopatias, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita, fibrose cística;
- Plus ou Expandido: fenilcetonúria e outras aminoacidopatias, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita, fibrose cística, galactosemia, deficiência de biotinidase, toxoplasmose congênita, distúrbios dos ácidos orgânicos, distúrbios dos ácidos graxos, distúrbios do ciclo da uréia, distúrbio da acilcarnitina;
- Master: fenilcetonúria e outras aminoacidopatias, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita, fibrose cística, galactosemia, deficiência de biotinidase, toxoplasmose congênita, distúrbios dos ácidos orgânicos, distúrbios dos ácidos graxos, distúrbios do ciclo da uréia, distúrbio da acilcarnitina, deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase, sífilis congênita, citomegalovirose congênita, doença de Chagas congênita, rubéola congênita.
          Já o Laboratório Exame (www.laboratorioexame.com.br) realiza somente o exame expandido:
- Expandido: fenilcetonúria e outras aminoacidopatias, hipotireoidismo congênito primário e secundário, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita, fibrose cística, galactosemia, deficiência de biotinidase, toxoplasmose congênita, distúrbios do ciclo da uréia, distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos, distúrbios dos ácidos orgânicos.

Post revisado e atualizado em 21/12/2011.

domingo, 22 de novembro de 2009

Teste do Olhinho

          Também chamado de “Teste do Reflexo Vermelho” é recomendado a TODOS os bebês. Baseado no mesmo fenômeno que se observa quando se fotografa alguma pessoa, e a pupila fica vermelha. Entretanto, ao invés de se utilizar uma máquina fotográfica, se utiliza outro equipamento chamado oftalmoscópio direto. Este aparelho permite ao médico que realiza o exame observar um reflexo avermelhado na pupila. Quando isto ocorre, significa que o exame está normal. Ou seja não existe nenhum obstáculo à luz que penetra no olho: os meios estão transparentes.
          Entretanto, na presença de doenças oculares, como catarata, opacidades de córnea, retinoblastoma entre outras, este reflexo estará diminuído ou abolido.
          Deve ser realizado nas primeiras 48 horas de vida, por isso, normalmente, é realizado logo após o nascimento, ainda na sala de parto.

Teste Normal:

Teste Anormal:


Post revisado em 21/12/2011.








Teste da Orelhinha

          É a triagem auditiva neonatal (recomendada para TODOS os bebês), realizada através de técnica de “Emissões Otoacústicas Evocadas”. Necessária para a identificação precoce de deficiência auditiva, a fim de se instituir o tratamento imediato, visando evitar impactos na linguagem e no aprendizado. 
          Realizada com o bebê dormindo, através da colocação de uma espécie de fone de ouvido, totalmente indolor, com duração de 3 a 5 minutos. Consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno (eco), sendo registrado se as partes internas da orelha (cóclea) estão funcionando. Caso não haja resposta ao estímulo, o teste deverá ser repetido após 1 mês. 
          O exame deverá ser realizado à partir do nascimento, preferencialmente nos primeiros 3 meses de vida (mas pode ser realizado em qualquer idade). 

Post revisado e atualizado em 21/12/2011.        

O Que é Puericultura?

          É a ciência médica que se dedica aos cuidados com o ser humano em desenvolvimento, mais especificamente, com o acompanhamento do desenvolvimento infantil. Previne enfermidades e anormalidades. Abrange as áreas de crescimento, nutrição e desenvolvimento neuro-psico-motor.
          Na prática, é a famosa consulta de “rotina”. Recomenda-se que sejam realizadas na seguinte frequência:
          - Consulta pediátrica pré-natal;
          - Lactente (0 a 2 anos): 1 semana, 1 mês, 2 meses, 3 meses, 4 meses, 5 meses, 6 meses, 9 meses e 1 ano; Nota: particularmente recomendo uma consulta adicional com 15 dias de vida, para avaliação, dentre outras coisas, da icterícia;
          - Pré-escolar (3 a 5 anos): 1 ano e 3 meses, 1 ano e 6 meses, 2 anos, 2 anos e 6 meses, 3 anos, 3 anos e 6 meses, 4 anos;
          - Escolar (6 a 12 anos): anualmente;
          - Adolescente (13 a 19 anos): anualmente.

Até Quando Posso Levar Meu Filho ao Pediatra?

          O pediatra atende pacientes de zero a 19 anos e 11 meses.
          A partir de 13 anos, quando se inicia a adolescência, os pais podem optar por levar os filhos ao profissional hebiatra, que é o médico que se dedica ao atendimento de adolescentes.

A Importância da Consulta Pediátrica Pré-natal

          Trata-se de uma consulta com o pediatra ANTES de o bebê nascer. É recomendada no 3º trimestre de gestação e deve contar, se possível, com a presença do casal.
- Proporciona um vínculo com o pediatra;
- Reduz a morbimortalidade materna e do recém-nascido;
- Esclarece sobre os anseios, dúvidas, preocupações e necessidades em relação à criança;
- Verifica dados sobre a saúde dos pais, hábitos de vida e situações de risco;
- Esclarece sobre os tipos de parto e sobre o alojamento conjunto;
- Esclarece sobre as vantagens do aleitamento materno;
- Orienta sobre os cuidados com as mamas;
- Explica sobre a higiene do bebê;
- Orienta sobre medidas de segurança em casa e no transporte.

sábado, 21 de novembro de 2009

Quando eu virei mãe, tive medo.
Medo do tamanho do amor que eu sentia por aquela pessoinha.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sejam Bem-vindos!

          Bem, resolvi criar o blog como uma maneira de me manter mais próxima dos meus pacientezinhos (e dos seus pais, claro!).
          Tentarei, à medida do possível, postar aqui assuntos pertinentes à Pediatria que possam ajudá-los a sanar as dúvidas mais comuns.
          Contarei também um pouquinho do meu dia-a-dia, dos casos interessantes, das aflições, das dúvidas, das alegrias, enfim... espero que gostem.