- Também conhecida como "primeira doença";
- Causada por um vírus;
- Desde a introdução da vacina, em 1963, os casos de sarampo diminuíram drasticamente;
- No Brasil, o sarampo encontra-se erradicado desde o ano 2000. Entretanto, eventualmente surgem casos de sarampo no Brasil, alguns contraídos dentro do país e outros adquiridos no exterior;
- Transmissão: através de pequenas gotículas de secreção respiratória, que ficam viáveis no ar até por uma hora;
- O período de incubação, ou seja, o tempo desde que a pessoa seja contaminada até o surgimento dos primeiros sintomas é de 8 a 12 dias;
- Manifestações Clínicas:
- Fase Prodrômica (dura de 2 a 4 dias): febre, conjuntivite, fotofobia (intolerância á luz), tosse, enantema. O enantema é caracterizado pelas manchas de Koplik, que estão presentes em cerca de 50 a 70% dos casos. Tratam-se de pequenas manchas brancas com halo avermelhado visualizadas na face interna das bochechas na altura dos dentes pré-molares. Podem disseminar-se pelo palato, lábios e gengivas. Lesões semelhantes podem estar presentes nas conjuntivas e na mucosa vaginal;
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Mancha de Koplik. Foto retirada de: http://visualsunlimited.photoshelter.com/image/I0000gpV0cFhI1h0 |
- Fase Exantemática (dura cerca de 7 dias): o rash caracteriza-se por lesões maculopapulares avermelhadas que começam na fronte (ao redor da linha de implantação dos cabelos), próximas às orelhas e no pescoço. Dissemina-se então pelo dorso, extremidades, solas dos pés e plantas das mãos. Com o início do rash os outros sintomas começam a diminuir. O doente transmite o sarampo 3 dias ANTES do surgimento do rash e permanece até 4 a 6 dias APÓS;
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Foto retirada de: http://lynnp.atlblogs.com/archives/2007_09.html |
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Foto retirada de: http://www.thehealthblog.net/kids-health/measles-beware/ |
- Fase de Recuperação: o rash desaparece seguindo-se fina descamação da pele. A tosse é o último sintoma a desaparecer. Surgem linfadenomegalias ("ínguas").
- Laboratório: redução global da leucometria, mais acentuada de linfócitos. O PCR e VHS são normais, a não ser que haja complicação bacteriana associada;
- Diagnóstico: dosagem de IgM (positiva um a dois dias após surgimento do rash e assim permanece por 1 mês. O aumento de cerca de 4 vezes o título de IgG também auxilia no diagnóstico, e pode ser realizada 2 a 4 semanas após a fase de recuperação. Em alguns casos pode ser necessário o isolamento de partículas virais ou PCR;
- Complicações: pneumonia, bronquiolite, traqueíte, crupe, otite média aguda, rinossinusite, mastoidite, reativação de focos de tuberculose pulmonar, diarréia, vômitos, apendicite, convulsões, encefalite, formas graves do sarampo (sarampo hemorrágico ou sarampo negro), panencefalite esclerosante subaguda (PEES);
- Tratamento: sintomáticos. Imunocomprometidos podem necessitar de antivirais e imunoglobulina;
- Profilaxia: a vacina anti-sarampo pode ser administrada até 72 horas após o contato, no intuito de se evitar a contaminação. Lactentes menores de 6 meses, gestantes, imunocomprometidos e contactantes intradomiciliares suscetíveis podem receber a imunoglobulina.
Observação: no dia 15 de março de 2011 foi confirmado o primeiro caso de sarampo do ano. O paciente, um senhor de 41 anos, morador de Campinas-SP, foi contaminado em viagem à Orlando, nos Estados Unidos, em janeiro passado. A Secretaria de Saúde paulista está convocando para vacinação contra o sarampo as pessoas que vão viajar ao exterior ou a outros estados, caso ainda não tenham sido imunizadas. Além dos viajantes, devem tomar a vacina os profissionais que atuam no setor de turismo, como motoristas de táxi, funcionários de hotéis e restaurantes, e outros que mantenham contato com turistas no estado. Também devem tomar uma dose da vacina profissionais de saúde e de educação. Quem viajou deve ficar atento aos sintomas da doença.